Bacharelado em Geologia
IDENTIFICAÇÃO
Turno: Integral
Data de Início de Funcionamento: 18/10/2006
Carga horária: 3.927 horas
Periodicidade: 10 Semestres
Integralização mínima: 5 anos
Integralização máxima: 14 semestres
Vagas: 40
E-mail: coord.geologia@ufob.edu.br
Centro vinculado: Centro das Ciências Exatas e das Tecnologias
E-mail do Centro: ccet@ufob.edu.br
DOCUMENTOS
CARACTERIZAÇÃO ACADÊMICA PROFISSIONAL DO EGRESSO
O profissional formado em Geologia deve possuir conhecimentos e competências que venham contemplar a heterogeneidade das demandas sociais e econômicas nas diferentes áreas do conhecimento geológico. Com uma atitude ética, autônoma, crítica, empreendedora e atuação propositiva na busca de soluções de interesse da sociedade, o egresso deverá estar capacitado a atuar nas várias áreas da Geologia, tanto em trabalhos práticos em campo, quanto no laboratorial; ter visão abrangente das geociências e demais ciências correlatas; domínio pleno da linguagem técnica geológica aliado à capacidade de adequação desta linguagem à comunicação com outros profissionais e com a sociedade; conhecimento sobre técnicas computacionais aplicadas, especialmente quanto a utilização das geotecnologias; capacidade para abordar as informações geológicas de forma quantitativa e qualitativa e ainda para administrar projetos e empreendimentos relativos à sua profissão.
ÁREAS DE ATUAÇÃO
O geólogo pode trabalhar em diversos setores das empresas públicas e privadas, bem como consultor independente, atuando em escritórios, em laboratórios, em campo na pesquisa e na mineração. Nestes setores, há a possibilidade de seguir carreira, alcançando o nível de Geólogo Sênior/Master ou de gestor.
Na área de prospecção mineral, a rotina do geólogo pode incluir trabalhos em escritório quanto trabalhos no campo. Dentre os trabalhos de campo pode-se citar o mapeamento geológico, que consiste na descrição de rochas e estruturas associadas, coleta de amostras de uma determinada área, com a finalidade de geração de mapas geológicos onde são delimitadas regiões favoráveis ou não para a extração de determinado bem mineral. Com o auxílio dos dados do mapeamento geológico, o geólogo individualiza áreas alvos para estudos mais detalhados, que podem ser realizados através de sondagens ditas diretas, pelo emprego de máquinas perfuradoras para obtenção de material de estudo em profundidades, ou indiretas, pelo emprego de métodos geofísicos, por exemplo.
Em trabalhos geoquímicos, o geólogo pode planejar e/ou executar a coleta de amostras de solo, rocha, água e sedimentos de corrente (areias do fundo dos rios). O material coletado é analisado em laboratório e é determinada sua composição química e relativa abundância dos elementos presentes. A partir dos resultados dessas análises é possível inferir possíveis locais fontes de determinado elemento químico, ou separar áreas de interesse para serem estudadas com maior detalhe. Muito ligado à Geoquímica está um dos mais novos campos da Geologia, a Geologia Médica, que investiga a ação de elementos químicos cuja presença ou falta em um determinado ambiente provoca danos à saúde humana. Um exemplo é o excesso de flúor nas águas naturais de regiões produtoras de fluorita, comumente associadas a rochas carbonáticas, que causa fluorose, um problema na dentição humana. Contaminação dos rios por mercúrio, em áreas com garimpos de ouro, é outro exemplo.
Outra importante área de atuação é em Hidrogeologia, setor em que o geólogo faz pesquisa para encontrar águas subterrâneas. Como as águas superficiais são cada vez mais poluídas e, em certas regiões, como o Nordeste do Brasil, muito escassas, é importante perfurar poços tubulares para aproveitar a água do subsolo. O hidrogeólogo, geólogo especialista em Hidrogeologia, pode tratar também do gerenciamento dos recursos hídricos, supervisionar e orientar a construção de poços.
No Sensoriamento Remoto, os geólogos utilizam recursos como fotografias aéreas, imagens de satélite e radar, para auxiliar no mapeamento geológico, na prospecção mineral, na hidrogeologia, na elaboração de mapas de solos, de vegetação, e na identificação e delimitação de áreas contaminadas, dentre outras aplicações.
Na Geofísica, os geólogos analisam as propriedades físicas das rochas, como por exemplo, magnetismo, densidade, propriedades elétricas e radioatividade. Tais características permitem indicar a presença de minérios, petróleo, gás, água, dentre outros.
Uma área de trabalho relativamente recente e muito ampla que se abriu para os geólogos é a Geologia Ambiental, responsável pela coleta e análise de dados geológicos visando a evitar ou solucionar problemas oriundos da intervenção humana no ambiente natural. Trabalhando com técnicos de outras formações, os geólogos na área ambiental atuam: na prevenção de enchentes, escorregamentos de terra e erosão; na escolha de locais para instalação de depósitos de lixo, cemitérios, aeroportos, núcleos residenciais, fábricas e outros empreendimentos; na detecção e delimitação de áreas poluídas no subsolo; na delimitação de áreas de preservação ambiental, como parques, nichos ecológicos, florestas, nascentes de rios, locais de interesse arqueológico, e outros; na delimitação também de áreas impróprias para a construção, como encostas de alta declividade e áreas de solo instável; no planejamento da expansão urbana; na solução de conflitos causados pela mineração em áreas urbanas (pedreiras, por exemplo); na elaboração de planos diretores municipais; na recuperação de áreas degradadas. Um dos sub-ramos da Geologia Ambiental é a Geologia Urbana, que trata dos impactos, geralmente caóticos, gerados sobre o ambiente, quando o crescimento descontrolado das cidades ocasiona catástrofes que afetam diretamente a qualidade de vida da população. Atualmente o geólogo ambiental tem trabalhado bastante na elaboração de Relatórios de Impacto Ambiental (RIMA), exigidos antes da execução de grandes obras. A Geologia Ambiental é, portanto, um vasto campo de atuação profissional, inclusive para profissionais autônomos.
Na Paleontologia, o geólogo estuda os fósseis, que são importantes indicadores das condições de vida existentes no passado geológico. Alguns destes, como os foraminíferos, são amplamente utilizados na pesquisa do petróleo.
A Geologia Marinha é outra área de trabalho relativamente nova. Esse ramo da Geologia estuda as variações do nível do mar e o relevo do assoalho oceânico, entre outros aspectos relacionados às bacias oceânicas.
Esses são apenas alguns exemplos de ramos da Geologia que o profissional formado geólogo pode atuar. Adicionalmente, o geólogo pode, também, seguir a carreira acadêmica, atuando como professor e/ou pesquisador em centros de ensino técnico e/ou superior.
O curso de Geologia pela Universidade Federal do Oeste da Bahia contempla o Art. 4º da Resolução CNE/CES nº. 1, de 06/01/2015, que trata das diretrizes curriculares, onde se destaca o perfil desejado ao egresso da formação de geólogo, como segue:
Art.4º Os cursos de bacharelado da área de Geologia e Engenharia Geológica devem assegurar a formação de profissionais dotados de:
I - responsabilidade pela construção de uma democracia participativa e compromisso para a inserção do Brasil, com solidariedade, no concerto mundial;
II - conhecimento acerca das novas tecnologias relacionadas ao exercício da profissão e da pesquisa na área;
III - conhecimento da língua portuguesa, em leitura e expressão escrita, e de duas línguas estrangeiras;
IV - conhecimento acerca da conjuntura brasileira e internacional especialmente voltada para as questões sociais, econômicas, profissionais, legais, éticas, políticas e humanitárias;
V - conhecimento acerca das questões envolvendo os processos de inovação e sua articulação com o desenvolvimento econômico, o bem-estar social e a sustentabilidade ambiental;
VI - compreensão do impacto da Geologia, como área de conhecimento, e suas tecnologias na sociedade, no que concerne ao atendimento e à antecipação estratégica das necessidades sociais;
VII - visão crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, contribuindo para o desenvolvimento de sua área;
VIII - capacidade para atuar de forma empreendedora, abrangente e cooperativa no atendimento às demandas sociais da região onde atua, do Brasil e do mundo;
IX - conhecimentos necessários para utilizar racionalmente os recursos disponíveis e atuar de forma transdisciplinar;
X - compreensão das necessidades da contínua atualização e aprimoramento de suas competências e habilidades;
XI - capacidade de reconhecer a importância do pensamento computacional na vida cotidiana, como também sua aplicação em outros domínios, e ser capaz de aplicá-lo em circunstâncias apropriadas; e
XII - capacidade de atuar em um mundo de trabalho globalizado.
§ 1º Levando em consideração a flexibilidade necessária para atender domínios diversificados de aplicação e as vocações institucionais, espera-se que os egressos dos cursos de bacharelado em Geologia sejam capazes de:
I - realizar mapeamento geológico e exercer as demais competências discriminadas na Lei nº 4.076, de 23 de junho de 1962, tais como: trabalhos topográficos e geodésicos, levantamentos geoquímicos e geofísicos, estudos relativos às ciências da Terra, trabalhos de prospecção e pesquisa para a cubagem de jazidas e determinação de seu valor econômico, ensino de ciências geológicas, emissão de parecer em assuntos legais relacionados com a especialidade, realização de perícias e arbitramentos referentes às matérias citadas;
II - planejar, executar, gerenciar, avaliar e fiscalizar projetos, serviços e ou pesquisas científicas básicas ou aplicadas que visem ao conhecimento e à utilização racional dos recursos naturais e do ambiente;
III - pesquisar e otimizar o aproveitamento tecnológico dos recursos minerais e energéticos sob o enfoque de mínimo impacto ambiental;
IV - pesquisar novas alternativas de exploração, conservação e gerenciamento de recursos hídricos;
V - fornecer as bases para o planejamento da ocupação urbana e para a previsão e prevenção de riscos de acidentes por desastres naturais e aqueles provocados pelo Homem;
VI - desenvolver métodos de ensino e pesquisa das Geociências, voltados tanto para a melhoria do desempenho profissional como para a ampliação do conhecimento em geral; VII - desenvolver e aplicar métodos e técnicas direcionadas à gestão ambiental;
VIII - atuar em áreas de interface, como a Tecnologia Mineral, Ciências do Ambiente e Ciências do Solo e Ciências Moleculares;
IX - possuir sólida formação em Ciências Exatas que os capacitem a construir abordagens quantitativas e multidisciplinares das informações geológicas;
X – obter familiaridade com informática, especialmente no tocante às técnicas de geoprocessamento;
XI - desenvolver amplo interesse e capacidade técnica e teórica de atuação em Ciências Geológicas e para trabalho de campo;
XII - possuir visão abrangente das Geociências e de suas interações com ciências correlatas;
XIII - ter pleno domínio da linguagem técnica geológica associada com a comunicação com outros profissionais e com a sociedade;
XIV - agir de forma reflexiva na construção de sistemas de computação, compreendendo o seu impacto direto ou indireto sobre as pessoas e a sociedade;
XV - ter atitude ética, autônoma, crítica, empreendedora e manter atuação propositiva na busca de soluções de interesse da sociedade; e
XVI - reconhecer o caráter fundamental da inovação e da criatividade e compreender as perspectivas de negócios e oportunidades relevantes.
§ 2º Levando em consideração a flexibilidade necessária para atender domínios diversificados de aplicação e as vocações institucionais, espera-se, ainda, que os egressos dos cursos de bacharelado em Engenharia Geológica sejam capazes de:
I - ter sólida formação em Ciências Exatas que os capacitem a construir abordagens quantitativas e multidisciplinares das informações geológicas;
II - obter familiaridade com informática, especialmente no tocante às técnicas de geoprocessamento;
III - conhecer os direitos e propriedades intelectuais inerentes à exploração, produção e à utilização de bens geológicos;
IV - agir de forma reflexiva na gestão e construção de projetos que envolvam recursos geológicos, seu processamento e utilização, compreendendo o seu impacto direto ou indireto sobre as pessoas e a sociedade;
V - entender o contexto social no qual a engenharia é praticada, bem como os efeitos dos projetos de engenharia na sociedade;
VI - considerar os aspectos econômicos, financeiros, de gestão e de qualidade, associados a novos processos, produtos e organizações; e
VII - reconhecer o caráter fundamental da inovação e da criatividade e compreender as perspectivas de negócios e oportunidades relevantes.