Geral
Precipitação é o principal eixo da rotatividade filogenética de plantas tropicais no espaço e no tempo
Em artigo liderado por pesquisadores de Zurique (Suíça), a professora Juliana Gastaldello Rando (UFOB) está entre as colaboradoras e coautoras da pesquisa publicada na Science Advances.
A pesquisa foi realizada em escala global com uma amostragem abrangente de espécies, utilizando dados genômicos, análises filogenéticas e evolutivas.
Resumo da pesquisa, com seus principais resultados:
Os primeiros historiadores naturais estabeleceram que ambiente e a geografia seriam os dois principais eixos que determinam a distribuição dos organismos no mundo, lançando as bases para a biogeografia ao longo dos 200 anos seguintes. Entretanto, a importância relativa destes dois eixos ainda permanecia incerta.
Neste presente trabalho, utilizando dados genômicos e informações globais da distribuição das espécies de um grupo de leguminosas com distribuição no mundo todo (c. 3500 espécies), mostramos que o gradiente de disponibilidade de água dos desertos às florestas tropicais dita a quantidade de grupos de plantas dentro dos continentes ao longo dos trópicos.
Neste artigo é demonstrado que 95% da origem das espécies de plantas ocorre dentro de um nicho de precipitação, o que mostra um profundo conservadorismo filogenético de nicho, e que os limites de rotatividade das linhagens coincidem com as isoietas de precipitação. Ou seja, a alta taxa de origem de espécies está relacionada com a pluviosidade. Revelamos assim padrões semelhantes em diferentes continentes, o que implica que a evolução e a dispersão seguem processos universais.
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Área de pesquisa
Botânica, Biogeografia, Evolução
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